quarta-feira, 7 de abril de 2010

très fatigué

Sabe, ando vivendo uma crise ultimamente. Não sei o que eu quero. Também não sei exatamente o que eu não quero. Ando angustiada com a minha vida, com as pessoas, com os continentes, com as luzes, com as ruas, com o fuso horário, aí que eu fui lá e descobri que tem um site que estima o número de pessoas no mundo, e aquele número simplesmente não pára! Me deixa bastante nervosa. Hoje peguei o T2A e vi uma boa parte da cidade pela qual nunca transitei. Inquietude. Se mal conheço minha cidade, imagine só todo o resto do planeta. O mundo nos impõe uma limitação muito grande ao sermos destinados a nascer em um lugar específico. As pessoas que conhecemos, as coisas que temos, o trabalho que fazemos, aquilo que gostamos, é tudo influenciado por este meio, este meio que nos foi imposto. Temos que administrar o pensamento de que HÁ TANTA COISA que nunca saberemos da existencia em uma só vida. Temos poucos anos para fazer COISA DEMAIS. E isso tudo me deixa que nem gato em dia de passar aspirador de pó na casa.
Pessoas geniais que nunca vamos conhecer, um apartamento perfeito que jamais teremos, o trampo dos sonhos, onde trabalhar nem dá trabalho, será um prazer meramente utópico, experiências ímpares que não viveremos, noites iluminadas em cidades incríveis que jamais saberemos da existência... sempre fui tão conformista, agora ando tão inconformada. Tão confusa. Tão a fim de largar tudo e ir embora. Se eu suicidasse agora, esses seriam trechos editados nos jornais, com uma nota embaixo "Silvia já dava indícios em seu blog". Mas não, não é esse o teor. Não é um teor triste, inconformado e chato com a vida, é um teor de "MELDELS, o que eu faço parada aqui, na frente dessa tela? Corra, Silvia, Corra". Tão pouco tempo, tanto a se fazer... e essa vidinha mais enrolada do que matambre.
Chega de post chatonildo por hoje. E chega de caps lock também.