sexta-feira, 25 de setembro de 2009

se demitir e coçar, é só começar

Quase um mês desde o último post, volto a dar as caras por aqui... Mudei o prisma em relação a tantas coisas neste último mês que já nem sei mais. Ultimamente é tanto trampo, projeto de faculdade, correria que nem vejo a semana passar. Durmo pensando nos prazos da faculdade, acordo no meio da noite pensando em um arquivo do trampo que eu fechei com Stone Sans, enquanto deveria ter sido Stone Sans Std Semibold e aí já não durmo mais. Ando me atucanando com pouco, me alimentando mal, engordando e ficando com a pele podre. A gente se dá conta do declínio quando o Seu Bigode, do Cachorro-Quente do Bigode, olha para ti e diz "Ô amiga, número dois com guaraná diet, né? Espera que já sai!". Aí é foda. Por outro lado, paro, penso e me dou conta de que estou na melhor fase da minha vida.
Se demitir é, definitivamente, delicioso. É um lance meio banda Vexame, "siga seu rumo". "Quem é? Sou eu! O que é que você quer? Vo-cê! É tarde! Por que? Porque hoje sou eu quem não quer mais você!". Aí sai-se batendo porta, e eu quase não gosto de um drama. Há pouco fiquei sabendo através dos meus informantes (a.k.a. secretária "silvia team") que falaram mal de mim na minha saída, que eu não respeitava o horário, que eu saí deixando uma série de coisas pendentes e tudo mais. A menina que entrou no meu lugar cagou todo o arquivo de um projeto de encarte, o que desencadeou em horas de trabalho fazendo algo que já havia sido feito e, claro, um xingão do chefe que fez com que a menina não aparecesse mais lá. Meu santo é forte. É bom ver o quanto dói uma saudade. Acho que nem quando eu fui panfleteira me senti tão pouco digna... NOT.
Agora, mudança de ares. É maravilhoso ter novamente a sensação de estar aprendendo algo. Trabalhar com pessoas que sabem o que estão fazendo e que realmente podem te passar ensinamentos karatê kid para o resto da vida. Diagramando e pintando a cerca. Outra que eu sempre quis trabalhar no centro, o 18° andar da esquina democrática é inspirador. Meu campo de visão anterior eram algumas janelas através da janela atrás do meu computador. As windows atrás do Windows. Agora, meu campo de visão são prédios e mais prédios, o Guaíba, o Mercado, os corredores de ônibus e aquele fluxo inerminável de transeuntes. Se eu me concentro bem, quase vejo os comandos do Roller Coaster Tycoon na janela, aquele barulho das pessoas conversando, gritando, rindo é o mesmo. Talvez se parecesse mais com o Sim City, mas nunca fui de jogar Sim City, só The Sims, Silvia, volta pro teu computador pra não deixar transparecer o déficit de atenção, penso. Enfim, estou adorando o novo trampo.
Como eu ainda não tenho exatamente que me preocupar com muitas contas além dos carnê do Seu Renner, ou com sustento, filhos e aquela coisa toda, aproveito para experimentar. Experimentei dois trampos e nenhum me apeteceu. Agora, vamos para uma coisa nova e ver se é isso o que quero. Se afirmar dentro da área de atuação deve ser a melhor sensação do mundo. Aliás, não, têm sensações melhores com certeza, mas deve ser do caralho trabalhar e pensar "porra, que massa isso que eu faço". Impossível ser feliz sem uma função, sem sentir que se está sendo útil para alguma coisa. Trabalho, amor, sexo, comida, viagem, viagem (Se repete pela abrangência da denotação. Ver conotação.) amigos, conforto, estudo. Se tiver como ficar melhor do que isso, quero muito experimentar.