sábado, 24 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

my vampire weekend

it's not right... but it's now or never.
and if i wait, could i ever forgive myself?
on a night... when the moon glows yellow in the riptide,
with the light from the TV's buzzing in the house.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

vou sentir falta do nosso gato

E então, eis que termina-se. Um costume se quebra. Tudo o que era ótimo passa a ser ruim. Amargo. E é de repente. Parece que nada do tudo que aconteceu anteriormente vale alguma coisa. Não vale nada. E o gosto das próprias lágrimas é ruim, é salgado demais. E aquele aperto forte, para não fazer barulho. Aquele choro contido. Aquele respiro fundo, aquele trancar de respiração. Passa. Mas depois volta. Volta ao longo do dia. As pálpebras amanhecem inchadas. Nada disso é arrependimento. Isso é o costume que não será mais costume. A falta da companhia, a falta de alguém que sempre esteve lá, seja para o que for, nem que seja para tirar com uma pinça a farpa que entrou no dedo, na estante de madeira da locadora. Algo tão importante, mas que já não era mais. E dói. Machuca. Parece que não vai passar, embora tu saibas que vai. Parece que ninguém vai te apreciar e te amar como foi, mas a vida ainda é comprida demais. Ninguém mais vai ser confiável o bastante para se entregar de tal forma. Lembrar das coisas ruins, e não das boas, para o sofrimento se justificar. Embora seja complicado. É como arrancar uma parte da gente, sem exageros. Quando sempre se tem algo, nem pensamos na falta que isso poderá nos fazer. Nos distraimos com amenidades, parece que está tudo bem. Mas aí acorda-se de repente, no meio da noite, com uma lembrança, ou com algo que nem foi. Mas os dois estão lá. Estavam. E nem se pode confortar um ao outro, pois são a pior companhia no momento. O redor angustia, as horas parecem não passar, enquanto o que se quer é que as semanas passem logo de uma vez para que finalmente o que passe nem sejam as semanas, mas essa sensação, essa sensaçao ruim, dura. Dura demais. Dura tempo, dura.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

très fatigué

Sabe, ando vivendo uma crise ultimamente. Não sei o que eu quero. Também não sei exatamente o que eu não quero. Ando angustiada com a minha vida, com as pessoas, com os continentes, com as luzes, com as ruas, com o fuso horário, aí que eu fui lá e descobri que tem um site que estima o número de pessoas no mundo, e aquele número simplesmente não pára! Me deixa bastante nervosa. Hoje peguei o T2A e vi uma boa parte da cidade pela qual nunca transitei. Inquietude. Se mal conheço minha cidade, imagine só todo o resto do planeta. O mundo nos impõe uma limitação muito grande ao sermos destinados a nascer em um lugar específico. As pessoas que conhecemos, as coisas que temos, o trabalho que fazemos, aquilo que gostamos, é tudo influenciado por este meio, este meio que nos foi imposto. Temos que administrar o pensamento de que HÁ TANTA COISA que nunca saberemos da existencia em uma só vida. Temos poucos anos para fazer COISA DEMAIS. E isso tudo me deixa que nem gato em dia de passar aspirador de pó na casa.
Pessoas geniais que nunca vamos conhecer, um apartamento perfeito que jamais teremos, o trampo dos sonhos, onde trabalhar nem dá trabalho, será um prazer meramente utópico, experiências ímpares que não viveremos, noites iluminadas em cidades incríveis que jamais saberemos da existência... sempre fui tão conformista, agora ando tão inconformada. Tão confusa. Tão a fim de largar tudo e ir embora. Se eu suicidasse agora, esses seriam trechos editados nos jornais, com uma nota embaixo "Silvia já dava indícios em seu blog". Mas não, não é esse o teor. Não é um teor triste, inconformado e chato com a vida, é um teor de "MELDELS, o que eu faço parada aqui, na frente dessa tela? Corra, Silvia, Corra". Tão pouco tempo, tanto a se fazer... e essa vidinha mais enrolada do que matambre.
Chega de post chatonildo por hoje. E chega de caps lock também.